Quando era criança, pouco mais de 10 anos, tinha feito um desenho no caderno de matemática. Não era um desenho qualquer. Tinha desenhado o diabo, mas não era isso que tornava o desenho especial. Quando era criança, ele sabia disso, mas com o tempo esqueceu.
Não lembrava mais do tempo que passou desenhando, de como tinha se esforçado e em como o diabo olhava para fora do papel. Na sua inocência, colocou esforço demais no trabalho, mas porque era inocente, percebeu a tempo. Sabia que o desenho era especial.
A noite, no seu quarto, ele podia sentir o desenho, mesmo estando na página final do seu caderno, dentro da mochila. Ele sentia que tinha feito alguma coisa errada e como toda criança não contou para ninguém. Mas não sabia o que fazer com ele.
O garoto sabia outras coisas. Sabia que o desenho não gostava de ficar fechado dentro do caderno. Que o desenho não gostou de ser desenhado. E sabia que o desenho era especial, mas não de um jeito bom. Tentava deixar a página aberta do caderno, escondendo quando passava algum colega de sala ou professor.
Ele sabia que o desenho do diabo no caderno de um garoto de 10 anos não era algo que outras pessoas achariam normal. Ao mesmo tempo, ele não ousava irritar o desenho. Porque sabia sem saber que apesar de estar preso no papel, ele não ficaria preso para sempre. Por todo o resto do ano, o diabo se tornou a sua cruz e, todos os dias, o garoto se arrependia de ter desenhado. Todas as noites, se arrependia de seus pecados.
O ano passou e o garoto esqueceu. O caderno foi esquecido em um armário junto com outras lembranças da infância. Durante anos, o desenho ficou lá, preso dentro do caderno, embaixo de brinquedos e material escolar. Vinte anos sufocado e esquecido.
Hoje, arrumando o armário, ele encontrou o caderno. Com saudosismo, passou as páginas. Viu o desenho mas não se lembrou do que sabia. Esqueceu que o desenho não gostava de ficar preso dentro do caderno e esqueceu também o caderno, aberto em cima da mesa, antes de dormir.
Acordou, de repente, às 3 da manhã e se lembrou de tudo. Levantou e foi correndo até a sala para fechar o caderno. Mas o desenho não estava lá.
Fonte: http://contoscurtos.wordpress.com/category/curtos/
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Eu escolhi essa história, porque é bem interresante, deixa um clima de suspense, porque não sabemos para aonde foi o tal desenho. Esse desenho pode ter ido para qualquer lugar, mais não sabemos qual, porque o escritor não diz que ele deixou o desenho em algum lugar, mais não estava mais no lugar aonde ele tinha deixado. Esse desenho foi deixado de lado e foi esquecido, deixou anos dentro de um armário, um dia quando ele estava arrumando esse armário ele achou esse cardeno, mais não lembrava que o desenho não gostava de ficar preso, e então quando ele abriu não tinha mais o desenho, porque deixou ele muitos anos preso. Ele começou a folhar esse caderno e ficou c0m sono então deixou o caderno aberto e foi dormir.Quando era as 3 horas da manhã ele se acordou e lembrou de tudo o que tinha acontecido, e então foi correndo fechar o carderno.
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